Seu tempo é o seu maior investimento. Aprenda a coloca-lo onde rende mais.
Existe uma enorme diferença entre estar em movimento e estar se movendo para a frente. Pessoas ocupadas escolhem tarefas. Pessoas focadas escolhem impacto.
Quem és tu?
Pessoas ocupadas ocupam o seu tempo com tarefas — ticando listas. Pessoas focadas, porém, entendem que algumas poucas ações se traduzem em progresso exponencial. Elas tratam o tempo como um investimento, ocupando-o com o que terá o maior impacto.
Que tipo de pessoa você é? Ao invés de encher seus dias com infinitas atividades, pergunte-se: onde meu tempo vai gerar o maior resultado? Essa mudança transforma tudo. A gente para de medir o sucesso por quantas coisas estamos fazendo e começa a medir pela diferença que estamos fazendo.
Então hoje, pare um pouco e se pergunte: o meu tempo está sendo gasto, ou está sendo investido?
É tarde, é tarde, é tarde, é tarde, é tarde…
Durante muito tempo eu fui a pessoa mais ocupada do mundo. Juro. Eu tenho seis filhos (quatro deles com menos de 5 anos de idade) e uma delas com necessidades especiais. Eu administro um Home Care de alta complexidade, uma espécie de UTI dentro de casa, que dependia muito de mim para funcionar e garantir a segurança de vida da minha filhinha.
Moro numa casa que até pouco tempo ainda não estava cem por cento pronta e, por isso, me via sempre às voltas com melhorias e reformas que exigiam de mim um senso de gestão e administração que, a princípio, eu não nasci para fazer, mas que aprendi na prática.
E, além disso, eu preciso ser uma boa esposa para o meu marido — um homem incrível que merece que eu seja a melhor pessoa do mundo para ele, porque ele se esforça muito para ser para mim e para os nossos filhos — e ainda preciso cuidar de mim mesma. Bom, essa última parte ficou um pouco de lado, como você pode imaginar. Mas não por muito tempo, e é sobre isso que eu quero falar hoje.
O burnout
Em um dado momento, meu corpo e minha mente ficaram extremamente sobrecarregados com tudo o que tinha acontecido nos últimos anos: 4 ciclos de gestação, parto, puerpério e amamentação em 5 anos, e no meio disso, a chegada da Guilhermina com sua cardiopatia raríssima, suas inúmeras cirurgias, tempo prolongado de UTI e muitas, muitas complicações de saúde que ameaçam continuamente sua vidinha e que exigiram de mim um grau de entrega, de estudos e de aprendizado sobre medicina e cuidados de saúde que eu jamais pensei ser capaz de alcançar — até o presente, foram quase 4 mil horas de UTI. Só de UTI. Imagine.
Pois então, tudo isso culminou em uma vida cheia de tarefas. Absolutamente cheia de tarefas. A ponto de eu não conseguir cumprir tudo o que tinha que fazer e sempre me sentir fracassada no final do dia, mesmo sabendo que tinha dado tudo de mim. É óbvio que algo estava errado, mas eu demorei para entender que esse algo não era a minha vida em si, mas sim a forma como eu administrava meu tempo e o tempo da minha família.
O ponto de virada foi quando eu fui diagnosticada com burnout em pleno início de gestação do meu sexto filho, o que me fez parar, desacelerar e reconsiderar tudo. Tive que me perguntar: onde estou errando? Qual parte desse grande problema é responsabilidade minha? O que eu ainda não sei que me trouxe até este ponto dramático? E então, as respostas começaram a surgir aos poucos na minha mente e no meu coração.
Nessa época, eu também procurei ajuda de amigos médicos (que, graças a Deus, com as orientações, exames e suplementos certos, me ajudaram a sair do burnout) e de amigas que sabiam organizar muito bem a rotina do lar e da família. Aprendi com elas a melhorar a gestão das atividades de casa e, em paralelo, eu já estava conseguindo delegar mais as atividades do Home Care e também instituí ali um sistema de gestão que não precisava tanto de mim quanto antes. Isso tudo me liberou e fez surgir um verdadeiro tesouro na minha rotina: tempo livre.
O Livro
Com esse tempo, eu comecei a estudar sobre organização e produtividade, e descobri não só ferramentas práticas como agendas, planners e formas de planejar meu ano e traçar metas para a minha vida, mas eu também descobri uma nova forma de enxergar a vida, uma nova mentalidade. E isso aconteceu por meio do Livro de Gregory Mckeown, “Essencialismo”. E posso dizer, sem exageros, que esse livro salvou a minha vida.
Na verdade, ele me deu uma nova vida.
A partir da filosofia essencialista, eu comecei a enxergar quais daquelas milhares de tarefas que todos os dias brotavam na minha agenda eram as mais importantes, e quais podiam ser delegadas ou deixadas para depois. Ainda melhor, eu entendi onde é que eu podia dar a minha contribuição máxima, ou seja, aquilo em que eu era melhor, em que eu mais ajudava, e comecei a focar em fazer essas coisas ao invés de querer fazer tudo.
É claro que isso envolve também toda uma construção e lapidação de virtudes, como:
Humildade — porque eu precisei assumir que não, o mundo não precisa de mim o tempo todo para que tudo corra bem;
Disciplina — para fazer o meu planejamento e revisa-lo constantemente, afinal, as coisas mudam, imprevistos acontecem e a gente precisa ser flexível mas, ao mesmo tempo, continuar caminhando na direção que definiu que é a melhor pra nós e pra nossa família;
Paciência — porque não é possível fazer tudo o tempo todo e eu vou ter que aprender a esperar, a postergar e a programar cada coisa a seu tempo. Como um pintor que vai colocando as tintas aos poucos mas mantém em mente, durante todo o processo, o quadro pronto, nós também vamos precisar manter a visão do nosso objetivo viva na cabeça, mas ter a paciência para ir dando um passo de cada vez.
A partir dessa nova mentalidade que passou a permear absolutamente todas as minhas escolhas e das ferramentas que comecei a usar no meu dia a dia, fui consolidando novos hábitos, como o de planejar minha semana aos domingos, o de revisar minhas metas da semana todos os dias pela manhã antes de começar a trabalhar, e o de separar meus dias em três blocos, definindo uma grande tarefa principal para cada um deles.
Outro novo hábito que realmente mudou meus resultados foi voltar a colocar na minha agenda semanal algumas das atividades que eu mais amo fazer, como estudar, ler livros, ver bons filmes, sair com meu marido, ir à praia com as crianças e até voltar a pedalar, depois de um hiato de quase 7 anos longe da bike. Como diria o Jordan Peterson, “planejar é um instrumento incrível, mas planeje a vida que você quer viver”. Faz todo sentido e hoje eu vivo isso na prática e colho os resultados nos três pilares da minha vida: pessoal, profissional e interior.
Agora é a sua vez
Por isso eu quero que você também faça essa experiência e comece a desfrutar de uma vida muito mais organizada, mais focada e com mais resultados.
Os cinco passos que eu te indicaria são simples e você pode começar hoje mesmo:
Compre e leia o livro Essencialismo. Vai mudar a sua vida.
Comece o seu dia de trabalho com dez minutos de pausa e reflexão pensando: quais são as minhas metas da semana e como está o meu progresso?
Organize seus dias em três grandes blocos: manhã, tarde e noite e defina a tarefa principal de cada um deles. O resto vai girar em torno disso.
Coloque na sua semana pelo menos duas atividades que você ama fazer e assuma um compromisso com elas como se fossem uma reunião de trabalho ou uma consulta médica.
Experimente usar o método 10-20-30 para colocar na sua agenda, todos os dias, as seguintes atividades: 10 minutos de oração, 20 minutos de exercícios e 30 minutos de leitura.
Se você seguir esses passos, pode ter certeza de que vai descobrir a diferença entre ser uma pessoa que se esforça muito (mas não avança) e uma pessoa que coloca o esforço nos lugares certos e vê a vida progredir numa velocidade muito maior, sem tanto desgaste físico, mental e emocional.
Você vai entender o verdadeiro valor do seu tempo e vai se perguntar como pode viver tanto tempo gastando tanto tempo. E vai me agradecer porque, daí em diante, sua vida vai andar cada vez mais para frente, mais rápido e com menos esforço.
Mas antes de terminar eu gostaria de dizer que nada disso vai funcionar se você não tiver uma visão definida para a sua vida, isto é, a direção que ela deve seguir e o caminho que você deve tomar para chegar lá.
Mas isso é um assunto para outro momento. Embora eu já tenha falado muito sobre isso aqui no Petit Journal, no Instagram e no Vai por Mim Podcast (você já assistiu?), o lugar onde eu mais me aprofundo nisso e te ajudo a construir a sua visão de vida com um passo a passo bem objetivo e muito prático é no meu curso Você Dirige.
Se você ainda não o conhece, recomendo muitíssimo que você faça sua inscrição porque ali eu te mostro com muita clareza o que eu faço para dar conta de tudo e continuar em paz com as minhas escolhas e com a vida que eu levo. Você também pode e deve alcançar tudo o que quiser na vida.
Por isso, te espero no Você Dirige e no próximo Petit Journal.
Beijos,
Leticia Cazarré
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